Opinião

50 anos de Sabbath Bloody Sabbath, entre o sonho e o sucesso

Por João Neutzling Jr.
Economista, Bacharel em direito, Mestre em Educação, Doutorando em Sociologia, Auditor Estadual, Professor e pesquisador
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O mundo da música é repleto de sucessos e fracassos. Mas na seara do sucesso no mundo do rock não se pode esquecer de um dos criadores do heavy metal: o Black Sabbath.
A banda surgiu na Inglaterra em 1968 com Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommi (guitarra), Gezzer Butler (Baixo) e Bill Ward (bateria).
Produziram um dos capítulos mais emblemáticos da história da música misturando rock com temas como ocultismo, mistérios, morte, fantasmas, religiosidade, tudo isso com mística única e inesquecível.
A banda já tinha lançado os discos Black Sabbath e Paranoid (que trazia os clássicos Iron Man e War Pigs) em 1970, Master of Reality em 1971 e Volume 4 em 1972.
Sabbath Bloody Sabbath foi lançado em 1º de dezembro de 1973, há 50 anos. Era o quinto álbum da banda, com 42 minutos e 31 segundos de duração e recebeu comentários elogiosos da revista Rolling Stone.
O disco contou com a participação do tecladista Rick Wakeman do Yes (que dispensa apresentações) em Who Are You e Sabbra Cadabra.
Em Spiral Architect o grupo mergulha de cabeça no rock progressivo quando Ozzy canta: "Feiticeiros da loucura, Vendendo-me o tempo deles, Filho de Deus que se senta ao sol, Dando paz a mente, Sedução imaginária, Num céu escuro e com neve, A tristeza mata o super-homem".
Este disco ainda apresentava a mística de A National Acrobat, Killing Yourself to Live e a melódica Who are you que abusava de sintetizadores onde Ozzy interpretava:
"Eu só tenho mais uma pergunta, antes que meu tempo acabe, por favor eu imploro para que você me diga, em nome do inferno, quem é você?"
Sabbath Bloody Sabbath consagrou a banda como pilar do heavy metal onde satanismo, ocultismo e crítica política andavam de mãos dadas no sabbath das feiticeiras.
Em 1975 o Sabbath produziu Sabotage. E em 1976 veio o clássico Technical Ecstasy (obra de uma sonoridade impressionante) onde a banda mesclou o genuíno heavy metal com rock progressivo incorporando temas como ocultismo e mistério em All Moving Parts (Stand Still), e as baladas românticas It's All right e She's Gone. Sem esquecer o agudo e sólido rock/heavy metal de Gipsy.
Never Say Die veio em 1978, álbum muito fraco musicalmente no lado B.
Em 1980 o grupo produziu Heaven and Hell (Céu e Inferno) com as pérolas Neon Knights, Children of the Sea e a estrondosa Heaven and Hell.
O disco Mob Rules veio em 1981 com Vinnie Apice na bateria.
Porém, o melhor viria em 1982.
Sem Ozzy e com o lendário Rony James Dio (precocemente falecido aos 67 anos em 2010), o Black Sabbath fez uma tour pelos EUA e os shows em Dallas, Seattle e San Antonio foram reunidos no álbum duplo Live Evil. A obra trazia 14 músicas em dois discos consolidando todo o repertório de clássicos de mais de uma década de trabalho. Foi um sucesso absoluto de vendas e de críticas positivas da mídia.
Em 1983 o Sabbath surpreendeu a todos como disco Born Again com Ian Gillan (ex-Deep Purple) nos vocais.
A humilde e despretensiosa banda de rock de filhos de operários de Birminghan atingia o ápice com seu sucesso, talento e criatividade marcando com letras de ouro seu nome na história do rock.
Foram 19 álbuns em estúdio, cinco discos ao vivo, mais de 30 turnês mundo afora e uma infinidade de discos de platina e de ouro pelo recorde de vendas de discos.
Em 2017 a banda oficialmente encerrou suas atividades depois de uma longa e exitosa carreira de quase meio século. E Sabbath Bloody Sabbath é hoje peça obrigatória em qualquer coleção de rock.
(Agradeço os comentários do Sr. Cristian V. Spieker para este artigo)


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